O mercado de carbono na China tem se consolidado como um dos pilares fundamentais para a estratégia do país em sua jornada rumo à redução das emissões de gases de efeito estufa e ao combate às mudanças climáticas. Desde a sua inauguração em julho de 2021, o mercado tem registrado um crescimento expressivo, tanto em volume quanto em valor, evidenciando sua importância no cenário global. Com a entrada em vigor de novos regulamentos em maio de 2024, o mercado de carbono chinês atingiu um marco significativo, com a comercialização de aproximadamente 465 milhões de toneladas de emissões de carbono, o que corresponde a uma movimentação financeira de 27 bilhões de yuans, ou cerca de 3,8 bilhões de dólares.
Este crescimento notável é ilustrado pela valorização dos créditos de carbono ao longo dos anos. O preço de fechamento por tonelada de carbono, que era de 48 yuans no dia do lançamento do mercado, mais que dobrou, atingindo 91,6 yuans em julho de 2024. Este aumento reflete uma demanda crescente e uma confiança robusta no sistema de cap-and-trade implementado pelo governo chinês, que tem sido expandido gradualmente para incluir outros setores além do setor de geração de energia. A expansão do cap-and-trade para novos setores é uma demonstração clara do compromisso da China com a utilização de mecanismos de mercado para promover a sustentabilidade ambiental e o desenvolvimento econômico responsável.
Um dos aspectos mais notáveis do mercado de carbono chinês é a integração parcial entre o mercado regulado, conhecido como Compliance Carbon Market (CCM), e o mercado voluntário de carbono (VCM). Esta integração permite que as entidades participantes do CCM possam compensar até 5% de suas emissões utilizando créditos obtidos no mercado voluntário, que envolve a emissão e comércio de Certificados de Reduções de Emissões da China (CCER) por empresas e indivíduos. Esse modelo híbrido oferece uma flexibilidade adicional para as empresas, ao mesmo tempo que incentiva a participação em projetos voluntários que promovem a redução de carbono.
Os projetos elegíveis para a obtenção de créditos de carbono no mercado chinês devem cumprir critérios rigorosos para assegurar a autenticidade das reduções de emissões. Entre esses critérios estão a transparência, validação e verificação por terceiros, além da necessidade de evitar a dupla contagem de créditos. A adicionalidade dos projetos, que significa que as reduções de emissões devem ser superiores ao que ocorreria em um cenário base, é outro requisito fundamental. Além disso, o princípio do conservadorismo é aplicado, garantindo que as estimativas de redução de emissões sejam conservadoras, o que contribui para a integridade do mercado.
Em um cenário internacional onde as questões legais sobre a natureza dos créditos de carbono ainda estão sendo debatidas, a China tem se mostrado ativa nas discussões, expressando preocupações sobre a aplicação de diferentes sistemas jurídicos, como o direito civil e o direito consuetudinário, no contexto dos mercados de carbono. Essas discussões refletem a complexidade e a importância crescente do mercado de carbono no contexto global, onde a China desempenha um papel cada vez mais central.
Além das iniciativas nacionais, a China também está focada em implementar metas regionais de redução de carbono, que serão testadas até o final de 2025. Essas metas serão complementadas por objetivos provinciais para o consumo de energia renovável e por um plano plurianual para o fortalecimento da infraestrutura elétrica do país. A abordagem regionalizada permite que cada província e município adapte suas estratégias de acordo com suas realidades locais, promovendo um desenvolvimento mais equilibrado e sustentável em todo o território chinês.
Por fim, a expansão do sistema de cap-and-trade para outros setores e a implementação de metas regionais reforçam o compromisso da China com o uso do mercado de carbono como uma ferramenta essencial na redução das emissões globais. O país continua a posicionar-se como um líder no combate às mudanças climáticas, utilizando o mercado de carbono não apenas como um mecanismo de regulação, mas como um motor para a inovação, o desenvolvimento sustentável e a transição para uma economia de baixo carbono.
Nesse contexto internacional, a Amazon Connection Carbon, com sede na Amazônia, destaca-se como uma empresa especializada na gestão de projetos de crédito de carbono. Com uma atuação focada na sustentabilidade ambiental e no respeito às comunidades locais, a empresa se integra ao mercado global por meio da criação e desenvolvimento de projetos que contribuem para a redução das emissões de carbono, utilizando tecnologias avançadas e práticas transparentes.
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