A precificação do carbono é uma ferramenta fundamental na luta contra as mudanças climáticas, incentivando a redução das emissões de gases de efeito estufa. O gráfico publicado pelo The World Bank em maio de 2024 revela um panorama diversificado sobre os preços de carbono ao redor do mundo, destacando tanto os sistemas de comércio de emissões (ETS) quanto as taxas de carbono (carbon tax). Mas como essas estratégias se aplicam globalmente e o que podemos aprender com elas?
Os sistemas de Emissions Trading Systems (ETS) estabelecem um limite geral de emissões e permitem a negociação de licenças de emissão. Este modelo cria um mercado onde a emissão de CO₂ tem um custo, incentivando as empresas a reduzirem suas emissões para economizar ou lucrar com a venda de licenças excedentes.
A taxa de carbono impõe um custo direto sobre cada tonelada de CO₂ emitida, aumentando os custos das atividades intensivas em carbono e incentivando a transição para alternativas mais limpas.
O sistema ETS da União Europeia, introduzido em 2005, é um exemplo marcante de sucesso. Entre 2022 e 2023, este sistema resultou em uma redução de 16% nas emissões das atividades cobertas, gerando US$ 47 bilhões. Além disso, vários países da UE implementaram mecanismos adicionais para precificação de carbono, direcionando receitas para iniciativas domésticas e complementando o ETS europeu.
De acordo com o gráfico da The World Bank, o preço necessário para atender às metas do Acordo de Paris varia entre US$ 40 e US$ 80 por tonelada de CO₂. Contudo, apenas 1% das emissões globais são atualmente precificadas dentro desse intervalo, sugerindo um longo caminho a percorrer para alinhar os preços globais com as necessidades climáticas. Entre os países que superam essa meta estão Uruguai, Suíça e Liechtenstein, destacando-se por suas políticas ambiciosas.
O principal desafio global é o baixo preço do carbono em muitos países. Preços insuficientes podem levar a uma continuação das práticas de emissão sem investimentos significativos em tecnologias de redução. Isso é especialmente crítico em regiões onde a pressão econômica e política limita a implementação de taxas ou sistemas de comércio de emissões mais rigorosos.
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