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Parque Pantaneiro pode se sustentar com Créditos de Carbono!

  • Foto do escritor: Amazon Connection Carbon
    Amazon Connection Carbon
  • 28 de jun.
  • 2 min de leitura

Panorama Geral do Potencial de Créditos no Pantanal

Um estudo inédito do Instituto Homem Pantaneiro (IHP) identificou que 1,203 050 hectares do Pantanal apresentam potencial para projetos de créditos de carbono, com estoques variando de 75 a 100 tC/ha e de 100 a 121,9 tC/ha, equivalentes a 275–447 tCO₂/ha na biomassa aérea (Campo Grande News). Esses mapas foram construídos a partir de dados do INPE, IBGE, Funai, Incra e Verra, excluindo áreas legalmente protegidas, sobreposições com outros projetos de carbono, Terras Indígenas e assentamentos (Campo Grande News). A potencialidade abrange sobretudo formações de Floresta Estacional Semidecidual Aluvial, Savana Florestada e Savana Estépica, refletindo variações edáficas e de regime hídrico no bioma (Campo Grande News).


Estoques de Carbono e Mecanismos de Certificação

Levantamentos por sensoriamento remoto apontam estoques totais de 330–550 milhões de tCO₂ estocadas na região sul‑mato‑grossense do Pantanal, potencial que se traduz em créditos REDD+ (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal) ao demonstrar a não ocorrência de emissões (Campo Grande News). Desde 2023, o bioma conta com sua primeira certificação de projeto REDD+ validado pela Verra, que garantiu a emissão de créditos para 135 000 ha, promovendo a conservação de corredores para a onça‑pintada e outras espécies.





Paralelamente, projetos de ARR (Afforestation, Reforestation and Revegetation) focam em sequestro adicional de carbono em áreas degradadas, com fatores de remoção que variam de 3,03 tC/ha/ano, conforme o IPCC, até 10 tC/ha/ano, de acordo com diretrizes de projetos de reflorestamento no Brasil (UNFCC REDD).


Biodiversidade e Créditos de Biodiversidade

O Pantanal abriga uma megadiversidade com 3.500 espécies de plantas, 159 mamíferos, 656 aves e 325 peixes, além de répteis e anfíbios emblemáticos (WWF-Brasil). A monetização de créditos de biodiversidade, ainda em desenvolvimento no mercado voluntário, remunera ações como proteção de habitats aquáticos e monitoramento de espécies‑chave (jacaré‑do‑Pantanal, ariranha, tuiuiú), agregando valor aos serviços ecossistêmicos e ampliando fontes de financiamento além do carbono tradicional (Rainforest Trust).


Manejo Integrado do Fogo

A cartilha “Manejo Integrado do Fogo no Pantanal: um roteiro para o fogo bom” da pesquisadora Liana Anderson, demonstra que 27 % do bioma foi queimado em 2020, evidenciando a urgência de práticas de fogo controlado . Técnicas de queimas prescritas evitam acúmulo de biomassa seca e mantêm estoques de carbono, além de reduzir impacto sobre espécies sensíveis em matas ciliares e capões . A integração de conhecimentos tradicionais de populações ribeirinhas e indígenas com protocolos científicos fortalece a conservação, previne incêndios catastróficos e assegura o uso sustentável do fogo.


Perspectivas e Oportunidades

A crescente demanda por serviços ecossistêmicos sustentáveis, associada ao avanço de regulações ambientais e metas corporativas de neutralidade, abre caminhos para diversificação de receitas por meio de mercados de carbono, biodiversidade e água (WWF-Brasil). Com protocolos avançados e ferramentas digitais, o Pantanal pode se tornar um modelo internacional de sustentabilidade financeira e conservação, inspirando outros biomas a integrar atmosfera, solo, água e vida.


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